Uso de medicamentos por acadêmicos de uma universidade pública brasileira
International Journal of Development Research
Uso de medicamentos por acadêmicos de uma universidade pública brasileira
Received 28th July, 2020; Received in revised form 11th August, 2020; Accepted 06th September, 2020; Published online 30th October, 2020
Copyright © 2020, Péricles Martim Reche et al. This is an open access article distributed under the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
O presente estudo objetiva investigar o uso de medicamentos com e sem receita, pelos estudantes de graduação de uma universidade pública brasileira. Trata-se de um estudo observacional do tipo transversal, realizado junto a 3.007 acadêmicos de diferentes cursos da graduação de uma Universidade pública brasileira. Os dados foram analisados pelo teste qui-quadrado. Do total de acadêmicos 1873 faziam uso de medicamentos, sendo 3876 o número de substâncias ativas de cada especialidade farmacêutica utilizadas. Uma parcela elevada de acadêmicos de diferentes áreas do conhecimento faz uso de medicação, sendo este uso equiparado entre os que consomem com receita médica (n=974; 53,81%) dos que fazem uso sem receita (n=836; 46,19%). O setor de ciências biológicas e da saúde é o que mais utiliza medicamentos (n=622; 34,36%), sendo seu consumo principalmente com receita médica (n=356; 57,23%). Já o setor de ciências exatas e naturais é o que mais consome medicamentos de forma autônoma, sem receita (n=75; 52,08%), sendo significativamente maior em detrimento ao setor de ciências biológicas (p=0,04). Ainda, o curso que faz menor uso de medicamento sem receita é o de medicina (38,55%), sendo este consumo significativamente menor (p<0,05) em detrimento aos cursos de serviço social (40,74%), administração (49,71%), odontologia (55,48%), química tecnológica (55,84%), engenharia da computação (57,41%), engenharia de software (60,00%), matemática (60,00%), história (66,67%) e música (82,61%). Conclui-se que em decorrência do elevado consumo de medicamentos sem receita faz-se necessário o fomento de estratégias que sensibilizem os acadêmicos de todas as áreas quanto ao uso racional do medicamento.