Caracterização morfométrica das estruturas reprodutivas de syagrus coronata (Mart.) Becc. (Arecaceae) na ecorregião do raso da Catarina, Bahia, Brasil
International Journal of Development Research
Caracterização morfométrica das estruturas reprodutivas de syagrus coronata (Mart.) Becc. (Arecaceae) na ecorregião do raso da Catarina, Bahia, Brasil
Received 09th March, 2022; Received in revised form 27th April, 2022; Accepted 14th May, 2022; Published online 28th June, 2022
Copyright © 2022, Kilma Manso Raimundo da Rocha et al. This is an open access article distributed under the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
Pesquisas relativas à estrutura e morfologia de órgãos reprodutivos fornecem informações valiosas à conservação das espécies botânicas, sendo Syagrus coronata (Mart.) Becc. uma palmeira de grande importância ecosocioambiental na Ecorregião do Raso da Catarina, Bahia. Esta pesquisa objetivou caracterizar e avaliar a morfometria das estruturas reprodutivas de S. coronata visando a conservação desta espécie e da arara-azul-de-lear. Dessa forma, foi avaliada a morfometria de dez indivíduos nativos de S. coronata na Caatinga, que resultou: espádice interfoliar e lanceolado; inflorescência tipo panícula, com 11.741,8 (± 3.392,6) flores, sendo 10.915,9 (± 3.115,4) estaminadas e 825,9 (± 501,9) pistiladas; flores pistiladas amarelas, sésseis e hipogínicas; e flores estaminadas amarelas, pediceladas e diplostêmones. A infrutescência apresentou 333,4 (± 185,2) frutos, tipo drupa, de comprimento 26,8 mm (± 5,9), diâmetro de 18,2 mm (± 1,7), peso de 6,34 g (± 1,78); pirênio marrom, com endosperma sólido esbranquiçado e peso de 3,28 g (± 0,69). Assim, a alta uniformidade morfológica de S. coronata possibilita confiabilidade no emprego das características morfométricas em estudos relacionados à predição de espécies dispersoras e predadoras – identificação de resíduos alimentares e dejetos de frugívoros – assim como, de grupos de animais polinizadores, além da identificação de diásporos em bancos de sementes no solo.