Hemorragia pós-parto: uma realidade brasileira
International Journal of Development Research
Hemorragia pós-parto: uma realidade brasileira
Received 11th September, 2021; Received in revised form 16th October, 2021; Accepted 04th November, 2021; Published online 28th December, 2021
Copyright © 2021, Cícera Kaline Gomes Barreto et al. This is an open access article distributed under the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
No Brasil, a ocorrência de mortes materna, independente do estado, possui relação com a hemorragia pós parto (HPP), cuja causa é uma complicação obstétrica que gera a perda de uma grande quantidade de sangue, devido a ausência da contração do útero após a saída do bebê. Em todo o mundo, uma mulher morre de hemorragia pós-parto a cada 7 minutos. Objetivou-se investigar a tendência dos casos de hemorragia nas regiões brasileira e sua relação com os tipos de parto. Trata-se de estudo epidemiológico, transversal, cuja extração dos dados se deu no mês de outubro de 2021 junto ao Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) do Ministério da Saúde (MS), no item informações do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIHSUS), com corte no tempo de 2014 a 2018. Foram utilizados os Indicadores de Saúde e Pactuações nas informações de saúde (TABNET) e o Sistema de Morbidade Hospitalar SUS. Observou-se que a ocorrência da HPP apesar dos casos estarem ligados ao parto cesáreo, excluindo os partos programados, o vaginal teve o maior índice relacional, decorrente, provavelmente, de fragilidade na infraestrutura e nos acompanhamentos pré- natais, bem como no auxílio ao parto. Apesar de certas regiões disporem de uma cobertura maior na assistência a gestantes, ainda se faz de forma precarizada. A HPP continua sendo uma causa clinicamente significativa de complicações maternas e morte. Se faz necessário a existência de um sistema de saúde universal sobre dados primordiais da paciente, ou a liberação dos exames da mesma para que o profissional da maternidade possa agir precocemente, evitando casos de HPP.