Maxilectomia seguida de reabilitação oral no tratamento de mucormicose rinomaxilar com acompanhamento de 5 anos: relato de caso
International Journal of Development Research
Maxilectomia seguida de reabilitação oral no tratamento de mucormicose rinomaxilar com acompanhamento de 5 anos: relato de caso
Received 19th January, 2022; Received in revised form 20th February, 2022; Accepted 17th March, 2022; Published online 30th April, 2022
Copyright © 2022, José Carlos Garcia de Mendonça et al. This is an open access article distributed under the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
A mucormicose é um tipo de infecção fúngica oportunista relatada primeiramente por Paultauf em 1885, na qual acomete geralmente indivíduos imunossupremidos como diabéticos descompensados. Representada como terceira infecção fúngica angioinvasiva mais comum, afeta uma grande faixa etária, sem predileção por gênero ou raça e com mortalidade em torno de 50% a 85%. A princípio inicia-se como uma infecção no nariz e seios paranasais, devido à inalação dos esporos do mesmo, podendo-se espalhar pela órbita e estruturas intracranianas, quer seja por invasão direta ou através de vasos sanguíneos com invasão de artérias principais. As características clínicas precoces incluem parestesia perinasal, celulite periorbitária, rinorréia, obstrução nasal com congestão e epistaxe com ou sem queixa de febre, artralgia e baixo peso. O tratamento efetivo dessa comorbidade é através de uma combinação de manejo clínico e medicamentoso, como correção da anormalidade sistêmica, por exemplo, controle do estado de diabetes, paralisação ou modificação de imunossupressores ou corticosteroides, conjuntamente com desbridamento cirúrgico radical do tecido infectado, necrótico e pela administração sistêmica de altas doses de anfotericina B ou uma de suas formulações lipídicas. O caso clínico descrito nesse trabalho refere-se a uma paciente diabética do tipo 2 diagnosticada com Mucormicose rino maxilar, na qual foi submetida a procedimento cirúrgico de maxilectomia do lado esquerdo com posterior reabilitação protética.