Infecções do trato urinário relacionadas à assistência à saúde em uma unidade de terapia intensiva adulta: análise do perfil microbiológico, prescrição e descalonamento de antimicrobianos
International Journal of Development Research
Infecções do trato urinário relacionadas à assistência à saúde em uma unidade de terapia intensiva adulta: análise do perfil microbiológico, prescrição e descalonamento de antimicrobianos
Received 10th August, 2021; Received in revised form 16th September, 2021; Accepted 28th October, 2021; Published online 23rd November, 2021
Copyright © 2021, Mirella de Albuquerque Cordeiro et al. This is an open access article distributed under the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
Pacientes em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) são acometidos com frequência por Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (Iras) devido as suas condições clínicas que predispõem ao maior risco de exposição a infecções. O estudo objetivou analisar o perfil microbiológico, antimicrobianos mais prescritos, e as adequações dos antimicrobianos empíricos após resultado de antibiograma, bem como, se ocorreu benefício na prática do descalonamento em pacientes diagnosticados com Infecção de Trato Urinário classificada como Iras em uma UTI. Metodologia: Estudo observacional retrospectivo, com análise quantitativa de dados, realizado no período de janeiro de 2014 a dezembro de 2018 em uma UTI adulta de um hospital público de ensino. Resultados: Os microrganismos mais isolados foram Klebsiella pneumoniae (24,3%), Escherichia coli (21,6%) e Pseudomonas aeruginosa (16,2%), com maiores frequências de sensibilidade à polimixina B e meropenem. Teve-se 13,51% dos tratamentos descalonados, 37,84% escalonados e 48,65% mantidos. O antimicrobiano mais prescrito de forma empírica e específica foi o meropenem, com 41,67% e 48,84% de frequência respectivamente. O índice de mortalidade não foi significativo estatisticamente associado ao descalonamento (p=0,164), tempo médio de permanência hospitalar (p=0,747) e tempo médio de permanência na UTI (p=0,819). Conclusão: A instituição tem um perfil epidemiológico crítico, com uso frequente de antimicrobianos de amplo espectro. Pacientes que tiveram seus tratamentos descalonados não tiveram benefícios significativos estatisticamente.