Chikungunya em idosos: perfil epidemiológico dos casos registrados no período de 2017 a 2021 no brasil
International Journal of Development Research
Chikungunya em idosos: perfil epidemiológico dos casos registrados no período de 2017 a 2021 no brasil
Received 17th September, 2022 Received in revised form 20th September, 2022 Accepted 29th October, 2022 Published online 30th November, 2022
Copyright©2022, Tatiana Rodrigues da Silva Dantas et al. This is an open access article distributed under the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
A chikungunya é uma arbovirose, transmitida pela picada de fêmeas infectadas do gênero Aedes, podendo evoluir em três fases: aguda, pós-aguda e crônica. A alta proliferação do vetor favorece à disseminação da doença, coloca em risco a população do país, em especial, as populações de maior risco para evoluir para as formas graves da doença, como os idosos, podendo resultar em desfechos desfavoráveis. A presente investigação é um estudo ecológico, descritivo, transversal de abordagem quantitativa, com dados do Sistema de Informações de Agravos de Notificação, disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. A coleta de dados ocorreu em junho de 2022 utilizando-se os dados referentes aos anos de 2017 a 2021. Para a análise estatística descritiva utilizaram-se dados distribuídos por meio de planilhas da Microsoft Excel 2016 elaboradas pelo TABNET/DATASUS. No período de 2017 a 2021, registrou-se um total de 784.662 mil casos de chikungunya no Brasil, sendo 116.487 na população idosa, o que corresponde a 14,85% dos casos, tendo o maior número de registro em 2017 e em 2019. Em todos os anos, os meses com maior número de casos, ocorreram em abril, maio e junho. Referente ao sexo, a maioria dos idosos acometidos é do sexo feminino. Infere-se, que o maior número casos de acordo com a escolaridade, concentra-se nos idosos com ensino fundamental incompleto. No que tange os casos segundo a região de residência, observa-se maiores notificações nas regiões nordeste e sudeste do país. A maioria dos casos notificados foram elucidados por intermédio de diagnóstico clínico epidemiológico e a evolução dos casos em sua maioria evoluíram para cura e apenas 0,3% para o óbito. Diante dos achados, ressalta-se a necessidade de novos estudos que busquem evidenciar outras características epidemiológicas da chikungunya neste seguimento populacional no país, melhorando a assistência à saúde dessa população.