Aspectos socioeconômicos e produtivos de um empreendimento comunitário de ostreicultura em uma reserva extrativista marinha no litoral amazônico, Pará, Brasil
International Journal of Development Research
Aspectos socioeconômicos e produtivos de um empreendimento comunitário de ostreicultura em uma reserva extrativista marinha no litoral amazônico, Pará, Brasil
Received 17th January, 2020; Received in revised form 08th February, 2020; Accepted 03rd March, 2020; Published online 29th April, 2020
Copyright © 2020, Rogério dos Santos Cruz Reis et al. This is an open access article distributed under the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
Com este estudo objetivou-se analisar aspectos socioeconômicos e produtivos de um empreendimento comunitário de ostreicultura em uma reserva extrativista marinha no litoral amazônico. A pesquisa ocorreu entre agosto e dezembro de 2017, através de aplicação de questionários junto aos ostreicultores e observações de campo na iniciativa da Associação dos Agricultores e Aquicultores de Nova Olinda (AGROMAR), localizada no município de Augusto Corrêa, estado do Pará. A idade dos produtores variou de 27 a 63 anos, 70% possuíam o ensino fundamental incompleto, 70% apresentavam a ostreicultura como principal fonte de renda e 60% obtinham renda familiar mensal entre um e dois salários mínimos. Todos haviam participado de capacitações para atuar na atividade e tinham perspectiva de expandir o negócio. O empreendimento contava com mesas fixas e flutuantes para disposição de travesseiros e um varal para instalação de lanternas, tendo gerado uma comercialização de 12.000 dúzias de ostra nativa Crassostrea gasar, em 2016. Concluiu-se que a ostreicultura representa uma alternativa de renda viável para pescadores artesanais e agricultores familiares dessa região que estejam dispostos a diversificar suas atividades produtivas. Aimplementação de uma adequada política de fomento poderia elevar o número de ostreicultores, contribuindo efetivamente para o desenvolvimento socioeconômico de populações tradicionais do litoral paraense.