Uso de cariostáticos na odontologia: revisão sistemática de estudos clínicos

A doença cárie ainda é um importante problema de saúde pública em todo o mundo, mesmo existindo métodos capazes de prevenir o seu desenvolvimento. Esta revisão sistemática da literatura objetiva identificar e analisar estudos clínicos que utilizaram agentes cariostáticos para o controle dos níveis de estreptococos do grupo mutans na saliva. Seguiu-se o protocolo PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses) e a estratégia “PICO” [Paciente, Intervenção, Comparação e Outcomes (desfecho)] para melhor delineamento do estudo. Entre os estudos clínicos selecionados, 50% avaliaram cariostáticos que possuem íon fluoreto na sua composição, enquanto os outros 50% cariostáticos não fluoretados, incluindo uma base de extrato vegetal (Copaifera langsdorffii). Ficou demonstrado que a Caseína Fosfato de Cálcio Fosfopeptídeo Amorfo utilizado na forma de goma teve melhor desempenho num estudo com menor risco de viés. Outro princípio ativo que demonstrou desempenho satisfatório foi a combinação clorexidina 1% + timol 1% na forma de verniz. A realização de estudos clínicos com maior controle do risco de viés, utilizando cariostáticos à base de compostos não fluoretados devem ser realizados a fim de reforçar as atuais evidencias científicas verificadas por esta revisão.