Sindicato 4.0: os impactos da reforma trabalhistana atuação do sindicalismo brasileiro perante a 4ª revolução industrial

O objetivo da presente pesquisa é analisar em que medida a reforma trabalhista impacta a atuação sindical brasileira frente a quarta revolução industrial. Esta revolução é acompanhada de vários impactos econômicos, sociais, políticos e jurídicos, inclusive no mundo do trabalho. No Brasil, além desse cenário, várias mudanças legislativas na área trabalhista ocorreram, com forte reflexo na atuação sindical, e, consequentemente, nessa quarta revolução. Para tanto, o trabalho utilizou uma metodologia hipotético-dedutiva, com pesquisa bibliográfica e documental, e análise de indicadores sociais e índices estatísticos. O trabalho constata que a reforma ocorrida no ano de 2017, pela Lei nº 13.467, fragmentou a atuação sindical, gerando problemas de representatividade, dificuldade de custeio (houve perda de mais 96% dos seus recursos), baixa sindicalização e comprometimento da equivalência dos contratantes coletivos, no contextode elevadas taxas de desemprego. Logo, pode-se concluir que essa reforma impactou frontalmente a atuação sindical diante dos novos desafios da Indústria 4.0, haja vista o comprometimento da sua capacidade econômica de subsistência, sua representatividade política e sua capacidade de negociação, inclusive na capacitação profissional dos trabalhadores.