A saúde, o auto-cuidado e o acesso aos serviços de saúde de pescadores artesanais
International Journal of Development Research
A saúde, o auto-cuidado e o acesso aos serviços de saúde de pescadores artesanais
Received 17th May 2020; Received in revised form 20th June 2020; Accepted 27th July 2020; Published online 26th August 2020
Copyright © 2020, Fabiana de Oliveira de Melo et al. This is an open access article distributed under the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
Objetivou: Conhecer as condições de saúde, as práticas do auto-cuidado e o acesso aos serviços de saúde de pescadores artesanais de um município do nordeste brasileiro. Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, de abordagem quantitativa, realizada com 78 pescadores artesanais. O instrumento para coleta de dados foi um questionário contendo questões socioeconômicas, familiares e ocupacionais, além de questões sobre as condições de saúde e suas perspectivas quanto à profissão. A coleta de dados foi realizada nos meses de agosto a outubro de 2019. Os resultados apresentaram que, com relação á faixa etária, 51% dos pesquisados encontravam-se com idade entre 40-59 anos; 64% possuem até oito anos de estudo; 64% são pardos; 54% ganham entre um salário mínimo e meio (R$ 1.401,00); 59% são casados e 51% (40) têm de 1 a 3 filhos; 74% (46) são católicos e 85% (66) moram em casa própria. Com relação à saúde, 44,93% apresentam problema de coluna, dificuldade de enxergar, deficiência auditiva, vesícula, arritmia e hérnia; 65,71% possui pouca informação sobre a doença; 48,72 estão com IMC normal; 51,28 com pressão arterial normal. No entanto, 65,38% não frequenta a unidade de saúde e 40,74% destes são apenas medicados na unidade de saúde, ausentes de ações que envolva a prevenção de doenças e a promoção da saúde. É necessário articular estratégias e atividades que contemplem o masculino. Não se busca com este estudo implementar mais um programa dentro da estratégia de Saúde da Família e sim reestruturar o atendimento e organizar o processo de trabalho para melhor contemplar o sexo masculino. Com isso, observa-se a necessidade de estudos mais aprofundados em relação ao tema e maior envolvimento dos profissionais de saúde da atenção primária.