Resquícios do volvismo nas organizações contemporâneas

Este ensaio fomenta a discussão a respeito dos resquícios do sistema lançado pelo Grupo Sueco de Indústrias Volvo, na década de 1960, e sua influência nas organizações contemporâneas. Objetivou-se discorrer sobre a evolução dos sistemas de produção, buscando analisar de forma empírica quais as influências do Volvismo que podem ser identificadas nas organizações contemporâneas e de que maneira elas podem vir a contribuir com melhorias, tanto na qualidade como no aumento da produtividade nas organizações, em presença de implementos atuais como a indústria ‘4.0’. Este ensaio abordou a evolução da produção após o aparecimento do Taylorismo e outras vertentes, influenciadoras da gestão nessa importante engenharia, sob o conceito científico. Como justificativa, observamos a importância do engajamento do ser humano como fator impulsionador dos índices de produtividade das organizações e que na implantação do Volvismo foi um elemento decisório ao montar os processos em função do homem e sua satisfação no trabalho. A metodologia aplicada se refere a um estudo discursivo e argumentativo sobre a organização e desenvolvimento do trabalho ao longo do tempo, explanando os resultados positivos no referente à qualidade e produtividade como “privilégios de competitividade” entre as organizações no mercado. É uma maneira de refletir com racionalidade e seriedade sobre essa temática até a discussão dos dados com os autores. O ensaio possibilitará, tanto ao ensaiante como aos autores, uma articulação mais flexível, sem interferir no comprometimento e maturidade intelectual desses atores. O tema representa uma oportunidade de se aprofundar o conhecimento sobre os princípios norteadores do sistema de produção na história, confrontando-os com as atuais mudanças tecnológicas no contexto da sociedade contemporânea. Como resultado descobriu-se que o homem reflexivo criado nos sistemas produtivos modernos, com consciência e capacidade analítica, teve seu surgimento no Volvismo, modelo sueco de produção do século passado, com características intrínsecas daquele povo. A apresentação e avaliação crítica da influência do Volvismo nas organizações atuais inclui citações ao Taylorismo e Fordismo como “marcos” da evolução histórica mundial da indústria. Elas também incluíram o novo conceito “lean”, de produção enxuta inovadora, surgido com o lançamento do livro “A Máquina que Mudou o Mundo”, pelos autores Womack; Jones; Roos (1990) e sua estreita relação com a otimização imposta pelo Volvismo sueco. Pôde-se concluir que as características do modelo sueco denominado de Volvismo se encontram presentes na engenharia de produção das organizações da atualidade em função dos seguintes fatores/elementos influenciadores: do trabalho do homem; da necessidade de otimização pelo conceito “lean”; da robustez que tem alicerçado todo esse sistema; e dos principais fundamentos da indústria ‘4.0’.