Educação bancária e cultura do silêncio: reflexões freireanas
International Journal of Development Research
Educação bancária e cultura do silêncio: reflexões freireanas
Received 13th March, 2020; Received in revised form 27th May, 2020; Accepted 11th June, 2020; Published online 24th July, 2020
Copyright © 2020, Daniele Cariolano da Silva. This is an open access article distributed under the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
O trabalho objetiva compreender a relação entre a educação bancária e a cultura do silêncio à luz do pensamento freireano. Trata-se de uma pesquisa qualitativa bibliográfica realizada no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual do Ceará – PPGE/UECE. Como procedimentos de apreensão de dados, recorreu-se ao levantamento e à revisão bibliográfica. Os resultados evidenciam que a educação bancária se configura como dimensão da cultura do silêncio que por sua vez, reflete as condições socio-históricas nas quais os sujeitos permanecem excluídos, silenciados, proibidos de ser, de dizer a sua palavra, de expressar-se e expressar o mundo. Com aausência de condições imprescindíveis para o diálogo, o silenciamento se apresenta como aspecto de uma sociedade eminentemente “muda” que, ao negar a comunicação, impõe “depósitos” de informações, recados e comunicados aos sujeitos oprimidos. Isto ocorre mediante ações culturais antidialógicas de conquista, divisão, manipulação e invasão cultural. Ante o contexto, evoca-se o fortalecimento de práticas educacionais que ultrapasse as amarras do silenciamento humano por meio de ações culturais dialógicas de colaboração, união, organização e síntese cultural no âmbito das massas oprimidas