Crédito de carbono gerado em terras indígenas: uma análise a partir do modelo pressão-estado-impacto-resposta (peir) de sustentabilidade ambiental
International Journal of Development Research
Crédito de carbono gerado em terras indígenas: uma análise a partir do modelo pressão-estado-impacto-resposta (peir) de sustentabilidade ambiental
Received 18th February, 2020; Received in revised form 20th March, 2020; Accepted 10th April, 2020; Published online 30th May, 2020
Copyright © 2020, Suzenir Aguiar da Silva et al. This is an open access article distributed under the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
Este estudo tem como objetivo verificar, pelo Modelo Pressão-Estado-Impacto-Resposta (PEIR) de indicadores ambientais, se o Projeto de Carbono Florestal Suruí (PCFS) gerou benefício proporcionando sustentabilidade ambiental para a comunidade indígena. A expectativa é que diante da geração de benefícios e sustentabilidade esse tipo de projeto possa ser implementado em outras comunidades indígenas. O PCFS é um projeto qualificado para Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD), sendo este um instrumento do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), que por sua vez, é uma ferramenta estabelecida pelo Protocolo do Kyoto para o Desenvolvimento Sustentável. No que diz respeito à metodologia, o presente estudo tem característica descritiva e exploratória, em uma análise qualitativa com utilização do método dedutivo na forma de um estudo de caso do povo Paiter Suruí, com análise documental e bibliográfica. Os dados foram obtidos a partir dos documentos cedidos pelo Ministério Público Federal de Ji-Paraná / RO (MPF-RO), pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI) em Cacoal e por meio de publicações sobre o PCFS e os Suruí. Diante do PCFS foram identificados indicadores ambientais de extrema relevância para preservação da Terra Indígena Sete de Setembro. Os resultados indicam que a captação de carbono em Terras Indígenas proporciona sustentabilidade ambiental e traz benefícios ambientais a comunidade indígena, além de ser um instrumento que se apresenta para um novo modelo de gestão ambiental de preservação do meio ambiente a partir da Proteção Territorial das Terras Indígenas, que contribui para uma Gestão Pública mais ecoeficiente de conservação da floresta amazônica.