Construção e validação de cartilha educativa para reabilitação de mulheres mastectomizadas para usuários

A neoplasia de mama carrega os tabus de uma doença chamada "maldita", possível causadora de desfiguração de partes do corpo e até do próprio atrativo sexual, trazendo sofrimentos por tratamentos prolongados. O tratamento mais comum é a extração da mama comprometida, sendo importante considerar que o programa de reabilitação global deve começar no período pré-operatório, envolvendo toda a equipe multidisciplinar. Desta forma, objetivou-se construir cartilha educativa para reabilitação de mulheres mastectomizadas e sua validação. Trata-se de um estudo metodológico, que visa desenvolver, avaliar ou aperfeiçoar instrumentos que foi desenvolvido em um ambulatório de referência da Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC) para mulheres mastectomizadas na cidade de Fortaleza-CE. A amostra foi constituída por 20 mulheres mastectomizadas acompanhadas no ambulatório e três profissionais de Fisioterapia atuantes no local. Foi possível identificar ausência de orientações e preparo destas mulheres em realizar exercícios de Fisioterapia após a mastectomia, essa falta de orientação influência diretamente em dificuldades em aprender e desenvolver esses exercícios em seus domicílios, porém os profissionais referiram orientá-las sobre a mobilização articular, principalmente abdução, alongamentos, flexo-extensão, rotação interna e externa. Em alusão as informações coletadas de mulheres pós-mastectomizadas e profissionais fisioterapeutas a respeito Fisioterapia como aliada ao tratamento foi elaborada uma cartilha com informações sobre os exercícios domiciliares para essas mulheres como forma de oferecer um material didático com ilustrações simples, explicando como elas podem realizar em casa, cuidados pós- cirurgia, dentre outras informações. Essa cartilha contribuirá para que essas mulheres tenham acesso as informações em seus domicílios e possam tirar dúvidas sobre como devem proceder, contribuindo com isso para a recuperação da paciente após a mastectomia. Portanto, gerar uma cartilha como instrumento simples e didático não foi uma tarefa fácil, pois levou em consideração a opinião das usuárias do serviço e também dos profissionais envolvidos. Todavia, a satisfação de visualizar esse instrumento pronto e deslumbrar sua utilidade minimizou essas dificuldades.