Influência da música em pessoas com distúrbios de consciência em unidade de terapia intensiva
International Journal of Development Research
Influência da música em pessoas com distúrbios de consciência em unidade de terapia intensiva
Received 10th February, 2022; Received in revised form 19th March, 2022; Accepted 28th April, 2022; Published online 30th May, 2022
Copyright © 2022, Elisângela Tavares da Silva et al. This is an open access article distributed under the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
A utilização de recursos, como a música, poderá ser integrada aos cuidados de enfermagem, possibilitando o trabalho interdisciplinar em equipe, principalmente nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), onde os pacientes encontram-se em estado crítico e requerem cuidados intensivos e monitoramento constante. Objetivou analisar as evidências dos efeitos da música em pessoas com distúrbios de consciência em uma UTI. Foi realizado um estudo de casos múltiplos pela metodologia de Yin. A pesquisa foi desenvolvida na Unidade de Terapia Intensiva adulto de um hospital público de Fortaleza, Ceará. A amostra do estudo foi composta por 17 pessoas em Estado Mínimo de Consciência; coma fisiológico e farmacológico; e Estado Vegetativo Persistente. Os participantes foram submetidos a sessões musicais, nas quais suas preferências autobiográficas foram levadas em consideração e indicadas pelos familiares. Os participantes receberam três sessões de musicoterapia com uso de fones de ouvido, no período de três dias consecutivos. Houve avaliação da influência da música no nível de consciência segundo as escalas de avaliação Glasgow e Ramsay. Na análise dos parâmetros fisiológicos antes e depois dos estímulos, foi observado que houve alterações nos sinais vitais, tanto aumento como diminuição das médias durante os estímulos, sugerindo reconhecimento dos estímulos apresentados, corroborando com as expressões faciais. Conclui-se que os participantes deste estudo tiveram alterações nos sinais vitais e expressões faciais significativas, sugerindo que o estímulo musical foi capaz de produzir respostas fisiologicamente sugestivas de audição e uma certa perceptividade aos sons que os rodeiam.