Modulação antimicrobiana do extrato da entrecasca libidibiaferrea
International Journal of Development Research
Modulação antimicrobiana do extrato da entrecasca libidibiaferrea
Received 06th January, 2022; Received in revised form 21st January, 2022; Accepted 03rd February, 2022; Published online 28th March, 2022
Copyright © 2022, Samuel Bruno dos Santos. This is an open access article distributed under the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
O surgimento de patógenos multirresistentes aos antibióticos em uso atualmente, vem motivando o estudo dos grupos de metabólitos secundários produzidos por produtos naturais e sua ação farmacológica como uma nova alternativa na busca por agentes antimicrobianos menos tóxicos e mais eficazes e capazes de interagir sinergicamente com os antibióticos comerciais. Neste cenário, destaca-se a Libidibia ferrea popularmente conhecida como Pau-ferro, pertencente à família Fabaceae e endêmica das regiões Norte e Nordeste do Brasil, objeto deste estudo quanto à sua composição fitoquímica, antimicrobiano, sinérgico e citotóxico. Para tal foram escolhidas as frações FHM e FAE, obtidas de sua entrecasca, que demonstraram através da prospecção fitoquímica, a presença de fenóis, taninos flabobênicos, flavonas, flavononas, xantonas, flavononóis, esteroides livres, triterpenos pentacíclicos e saponinas. A avaliação da atividade antimicrobiana foi feita através do teste de difusão em disco com as frações e cepas padrão ATCC, obtendo a FHM halo de 14,33 mm ± 0,94 para P. aeruginosas e a FAE obteve halo de 15,33 mm ± 0,47 para S. aureus e 15,66 mm ± 0,34 para P. aeruginosas. Para a avaliação da Concentração Mínima Inibitória, a FHM obteve destaque com CIM 0,0125 µg/mL para a bactéria S. aureus e E. durans/hirae e 0,050 µg/mL para P. aeruginosas e E. coli sendo considerado um forte potencial inibitório. Estes mesmos microganismos e a CIM da FHM, foram testadas associadas aos antibióticos: gentamicina, cirpofloxacina, amoxacilina, cefalotina, apresentando resultado sinérgico/aditivo para a maioria das combinações, com destaque para as combinações com amoxacilina e cefalotina ambas para S. aureus e E. duran/hirae,. Na avaliação da atividade citotóxica pelo método de redução do MTT, nenhuma das concentrações da FHM testadas diminuiu a viabilidade em 75% dos macrófagos J774. Sendo possível concluir que a L. ferrea é uma espécie com grande potencial antioxidante, antimicrobiano e sinérgico e além de não apresentar potencial citotoxicidade.