Ingestão de magnésio e suas implicações metabólicas em pacientes com excesso de peso
International Journal of Development Research
Ingestão de magnésio e suas implicações metabólicas em pacientes com excesso de peso
Received 10th April, 2021; Received in revised form 18th May, 2021; Accepted 21st June, 2021; Published online 30th July, 2021
Copyright © 2021, Fatal et al. This is an open access article distributed under the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
A obesidade é uma epidemia mundial sendo caracterizada pelo acúmuo de gordura corporal, podendo ser resultado de hábitos de vida inadequados, principalmente os alimentares. A ingestão cada vez mais crescente de alimentos industrializados e processados leva a uma baixa ingestão de nutrientes importantes para o desenvolvimento humano, dentre eles o magnésio, que é cofator enzimático dede 300 reações metabólicas e está intimamente envolvido com o metabolismo dos carboidratos. MÉTODO: Estudo observacional de corte transversal, descritivo e analítico com o objetivo de avaliar os parâmetros dietéticos, sanguíneos e urinários do magnésio, associando-os entre si e com fatores de risco metabólico, em mulheres com excesso de peso. A amostra foi composta por 60 mulheres com excesso de peso que foram submetidas à avaliação clínica, antropométrica, dietética e bioquímica (perfil glicêmico, lipídico, magnésio sérico e urinário). Foi realizada a avaliação de grupos pelo test t Student e pelo teste de Mann Whitney. A avaliação de associação entre os dados foi realizada através da correlação de Pearson ou Sperman. RESULTADOS: Na população estudada foi encontrada uma média de índice de massa corporal de 36,4 ± 5,9 kg/m2 e 86,7% da amostra tinha obesidade. A presença de alterações no perfil glicêmico e dislipidemia foram de 37% e 78,9% respectivamente. Foi verificado média de consumo de 173,8g/dia de magnésio, encontrando-se uma prevalência na inadequação de ingestão do magnésio em 97,3%. A hipomagnesemia estava presente em 13,3% da população e a hipomagnesuria em 44,2%. Aproximadamente 93,4% das pacientes pesquisadas apresentaram alguma inadequação no estado do magnésio. Verificou-se que as pacientes com uma ingestão de magnésio dietético inadequada possuíam maior IMC (p<0,05). As pacientes com alteração no perfil glicêmico possuíam também menores níveis séricos de magnésio (p<0,05) e maior perda urinária (p<0,05). Nas pacientes com baixos níveis de magnésio sérico foi encontrada correlação negativa entre IMC e magnésio sérico (r = -0,750/p<0,01). CONCLUSÃO: Verificou-se na população estudada uma alta prevalência de inadequação na ingestão de magnésio e uma elevada inadequação do magnésio corporal total seja ela alimentar e/ou bioquímica. Os pacientes com perfil glicêmico alterado foram os que apresentaram mais alterações nos níveis séricos e urinários de magnésio.