Gestão na atenção básica de saúde: desafios e inserção profissional do psicólogo no núcleo de apoio à saúde da família (nasf)
International Journal of Development Research
Gestão na atenção básica de saúde: desafios e inserção profissional do psicólogo no núcleo de apoio à saúde da família (nasf)
Received 08th May 2020; Received in revised form 02nd June 2020; Accepted 26th July 2020; Published online 26th August 2020
Copyright © 2020, Dados dos Autores et al. This is an open access article distributed under the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
No Brasil, a Psicologia enquanto profissão tem uma história consideravelmente muito recente. A Saúde Pública é um espaço que integra muitos profissionais de Psicologia, no Brasil. Estes estão distribuídos em diversas instituições de saúde mental, Unidades Básicas de Saúde e centros de saúde viabilizando a atenção integral a saúde, incluindo a identificação prévia de situações problemas, sintomas ou queixas, orientação e conhecimento necessário ao desenvolvimento humano, além da proteção e tratamento da saúde. O trabalho da (o) psicóloga (o) dentro da Atenção Básica (AB) se dá a partir da atuação dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família – NASF; estes têm por objetivo aumentar a abrangência das ações da AB para além do que é proposto enquanto possibilidades de intervenção pela equipe mínima (médicos, enfermeiros e odontólogos). O objetivo desse trabalho é identificar os desafios e dificuldades do psicólogo no âmbito do NASF. O presente trabalho, configura-se numa Revisão de Literatura. No universo desta pesquisa, foram incluídos artigos publicados em bases de dados indexadas, a saber: SciELO - ScientificElectronic Library Online, na Lilacs – Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, e na Bireme através da Biblioteca Virtual em Saúde. Após o cruzamento dos descritores foram selecionados doze (12) trabalhos para a construção deste estudo. Com base nos achados dos artigos utilizados, foram definidas quatro categorias: Relação entre NASF/ ESF e UBS; Trabalho em equipe Interdisciplinar/ Intersetorial; Modelo de Atenção tradicional (Individualizado) e Precarização do trabalho. Foram encontrados alguns desafios que estão presentes na inserção do profissional neste espaço, como a desarticulação das equipes e da rede, altas demandas de saúde mental, o que faz com que o profissional acabe adotando uma prática com características ambulatoriais, indo contra o que deveria ser feito. Para além disso, há a precarização do trabalho, não somente dos espaços, mas também do vínculo, falta de direitos profissionais e baixos salários, além da falta de capacitação.