Fatores de risco para o desenvolvimento de burnout em médicos e suas repercussões na qualidade de vida

Introdução: O burnout é definido pela exaustão emocional, despersonalização e diminuição da eficácia profissional, sendo desencadeado pela exposição aos fatores estressores contínuos na rotina dos médicos, desencadeando desprazer e significativos prejuízos na sua qualidade de vida. Objetivo: O objetivo do presente estudo consiste em estabelecer os fatores de risco relacionados ao desenvolvimento do burnout em médicos, assim como definir as consequências na qualidade de vida desses profissionais de saúde. Metodologia: Essa pesquisa trata-se de uma revisão da literatura narrativa, qualitativa, cujos artigos científicos foram buscados nas bases de dados: Electronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e PubMed. Os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) utilizados foram: burnout, esgotamento profissional, esgotamento psicológico. Resultados e discussão: Os principais resultados desse estudo demonstram que o principal fator de risco associado à manifestação de burnout é o estresse crônico. Além disso, outros fatores também podem contribuir para a manifestação dessa situação, como por exemplo, o trabalho em serviços de urgência/emergência e cirurgia, período de pandemia, intensa pressão de tempo para realizar suas atividades, organização, carga de trabalho excessiva, conflitos em local de trabalho. Conclusão: Diante da rotina dos médicos, é evidente que múltiplos fatores estão relacionados ao estresse crônico, sendo necessário estratégias voltadas ao controle e prevenção do burnout, através de medidas como a diminuição da carga horária de trabalho, melhoria dos horários de trabalho, realização de atividades voltadas à redução do estresse, além de disponibilidade de serviços de saúde mental para atender profissionais de saúde com sintomas relacionados ao burnout.