Estudo da qualidade de vida de mulheres portadoras da síndrome dos ovários policísticos em alagoas

A síndrome dos ovários policísticos (SOP), desordem endocrinológica mais comum da mulher, é caracterizada por uma combinação de características clínicas, bioquímicas e morfológicas ovarianas. A alta incidência da SOP, especialmente entre mulheres na menacme, e suas manifestações clínicas provocam impacto sobre a saúde física, emocional e psicológica das portadoras, sendo importante a avaliação da sua qualidade de vida. Desta forma, o objetivo desse trabalho foi analisar características socioeconômicas das mulheres portadoras da SOP em Alagoas, bem como a qualidade de vida e o impacto das manifestações da síndrome. Para tanto, mulheres maiores de 18 anos, diagnosticadas com SOP responderam a um formulário semiestruturado contendo perguntas sobre indicadores socioeconômicos e aspectos relacionados à SOP para avaliar a qualidade de vida dessas voluntárias. Destas, a maioria eram solteiras e não possuíam filhos, com diagnóstico prevalente entre os 18 a 25 anos (44,4%), utilizando contraceptivos hormonais como medida terapêutica (61,1%), relatando uma variedade de efeitos adversos. Grande parte apresentou queixas com relação ao peso (72,2%), como também efeitos psicológicos por ter a síndrome, como tristeza, depressão, baixa autoestima, entre outros. Dessa forma, uma abordagem multidisciplinar se faz necessária para o acompanhamento das portadoras de SOP e sua qualidade de vida.