Desafio dos profissionais na prevenção da sífilis congênita: adesão do parceiro ao tratamento

O estudo teve por objetivo conhecer as dificuldades dos profissionais para o tratamento dos parceiros sexuais de gestante com sífilis. Método descritivo e exploratório, de abordagem qualitativa, realizado com 10 profissionais, entre enfermeiros e médicos que atuam na assistência pré-natal em Unidades Municipais de Saúde e Unidades de Saúde da família do Município de Belém. Os dados foram explorados por meio da análise de conteúdo, com formação de três categorias: convocação e busca do parceiro, fatores que dificultam o tratamento, e estratégias para a realização do tratamento do parceiro. Foram evidenciadas diversas barreiras ao tratamento do parceiro relacionadas a organização do serviço, a atitude dos profissionais quanto a busca ativa e ao próprio parceiro. As ações de educação em saúde, individual ou coletiva, ainda se configuram como a melhor maneira de sensibilização dos clientes para a adesão do tratamento e prevenção da doença. Entendemos que a quebra do ciclo de transmissão da Sífilis só se efetivará quando a população modificar seu comportamento para práticas sexuais seguras. Preparar profissionais para o manejo e aconselhamento adequado da doença e sensibilizá-los para maior empenho na busca ativa é indispensável para facilitar a adesão dos parceiros ao tratamento.