Deficiência de vitamina d e o excesso de gordura visceral como potencializadores da calcificação coronariana
International Journal of Development Research
Deficiência de vitamina d e o excesso de gordura visceral como potencializadores da calcificação coronariana
Received 17th January, 2022; Received in revised form 28th January, 2022; Accepted 06th February, 2022; Published online 28th March, 2022
Copyright © 2022, Andressa Spinelli Falcão Wanderley et al. This is an open access article distributed under the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
Objetivo: Avaliar se a associação da deficiência de vitamina D com o excesso de gordura visceral potencializa o risco de calcificação coronariana em pacientes assintomáticos.Métodos: Trata-se de um estudo transversal, envolvendo pacientes atendidos ambulatorialmente em hospital referência em cardiologia. A calcificação foi avaliada pela tomografia computadorizada(TC) e o escore total da calcificação coronária(ECC) correspondeu à soma do escore de todas as artérias coronárias, sendo considerado como ausente ECC=0 e presente ECC>0. O Tecido adiposo visceral (TAV) também foi avaliado por TC. As concentrações séricas de 25(OH)D foram analisadas sendo considerada deficiência quando menor que 30ng/mL. Resultados: A amostra foi composta por 71 indivíduos, com a mediana de idade foi 56,0(51,0-63,0)anos. A prevalência de calcificação foi 42,3%, 33,8% dos pacientes apresentaram concentração de gordura visceral no maior tercil e 56,3% apresentaram deficiência de Vitamina D. Na análise univariada, verificou-se que a Calcificação da Artéria Coronária (CAC) foi mais frequente nos idosos(p<0,001), em hipertensos(p=0,02), diabéticos(p=0,02), com síndrome metabólica(p=0,04), com obesidade abdominal(p=0,04) e com maior concentração de gordura visceral(p=0,03). Analisando-se o efeito da combinação do status de vitamina D e TAV elevado, foi observada uma tendência de maior CAC nos pacientes que combinaram TAV elevado e vitamina D normal ou baixa(p=0,052). Conclusão: Pacientes com níveis normais de vitamina D e menor concentração de TAV tiveram menores prevalências de CAC. Além disso, houve forte associação entre a TAV elevada e CAC, o que poderia explicar, em parte, o risco excessivo de aterosclerose em pacientes obesos abdominais.