Conhecimento das gestantes acerca da violência obstétrica

Objetivo: Analisar o conhecimento das gestantes acerca da violência obstétrica. Método: Trata-se de um estudo exploratório, descritivo de abordagem quali-quantitativa, realizado com 164 gestantes cadastradas nas Unidades Básicas de Saúde do município de Cajazeiras, Paraíba, Brasil. Para a coleta de dados foi realizada uma entrevista por meio de questionário semiestruturado, após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: 28% das gestantes relataram ter vivenciado situações injustas, com discursos de violência verbal e até sexual em suas consultas. 30,5% das grávidas tiveram a modalidade de parto sugerida por um profissional e dessas, a maioria referiu optar pelo parto cesáreo. Quando questionadas sobre o plano de parto, 71,3% afirmaram não ter conhecimento sobre a temática. Apenas 51,2% já ouviram falar sobre violência obstétrica, apresentando discursos vagos sobre o que realmente seria essa violência. 98,2% afirmaram não conhecer nenhuma política pública de proteção à gestante. 37,2% não sabiam que tinham direito a acompanhante e 93,9% relataram não ter recebido nenhuma orientação embasada nas políticas públicas por parte dos enfermeiros. Conclusão: Dessa maneira são necessárias ações educativas que empoderem a mulher enquanto seus direitos em todas as fases da gestação.