Caracterização sóciodemográfica e clínico-epidemiológica de pacientes sépticos

Refere-se a sepse como uma síndrome potencialmente fatal causada pela resposta orgânica desregulada do hospedeiro a uma infecção. O choque séptico, corresponde ao agravamento desta resposta, com alto risco de morte. Além do impacto socioeconômico, da mortalidade e prevalência relacionados, torna-se indispensável conhecer o perfil clinico-epidemiológico desta síndrome por conceber oportunidades para sua prevenção e otimização das estratégias de tratamento. O presente trabalho teve o objetivo de descrever as características sóciodemográficas e clínico-epidemiológicas de pacientes sépticos internados em uma UTI de um hospital geral no interior de Minas Gerais. Trata-se de uma pesquisa observacional, descritiva, de ordem exploratória, documental e retrospectiva e com abordagem quantitativa. Levantou-se os portuários dos meses de janeiro a dezembro do ano de 2017, excluindo aqueles pacientes menores de 18 anos e com documentos incompletos. Foram analisados 19 prontuários dos quais 58% eram do sexo masculino e uma média de idade de 66,9 anos foi observada. 15% tinham diagnostico admissional de IAM, 58% classificado com choque séptico, 56,2% com sepse de foco respiratório. 52,6% receberam tratamento clínico, além das comorbidades do tipo cardíaca de metabólica serem as mais frequentes. Observou-se certa homogeneidade nos dados, sendo corroborados por estudos que apontam maiores casos em indivíduos do sexo masculino, sexagenários, com diagnóstico de choque séptico e doenças de base influenciando no desfecho dos eventos. Ademais esses achados têm implicações importantes para os gestores locais, formuladores de políticas de saúde e equipe multiprofissional de saúde. Tendo conhecimento destas características, eles podem ser capazes de implementar medidas econômicas comprovadas para melhorar os resultados da sepse no que tange sua alta mortalidade, prevenção, prevalência e cuidados.