Avaliação do nível de pressão sonora e influência sobre a saúde em trabalhadores que atuam em academias

Avaliar o nível de pressão sonora encontrado no ambiente de trabalho de profissionais de Educação Física que atuam em academias e investigar os efeitos sobre a saúde advindos dessa exposição. Estudo transversal realizado com 30 profissionais de Educação Física que trabalhavam em 8 academias na cidade de Guarapuava – PR. O nível de pressão sonora equivalente (Leq, em dB(A)) foi medido em conformidade com a norma internacional para avaliação de ruído ocupacional ISO 9612. As medições ocorreram durante 50 minutos, com três tipos de modalidades de atividade física (musculação, ginástica aeróbica e ciclismo indoor) em todas as academias. Para avaliação dos efeitos sobre a saúde foi aplicado um questionário com questões de identificação (idade e tempo de trabalho) e perguntas sobre incômodo ao ruído no ambiente de trabalho, ocorrência de zumbido, dor de cabeça, irritação, diminuição na audição e dificuldade de concentração. A análise dos dados constou de estatística descritiva, análise de variância não paramétrica de Kruskal-Wallis com test post hoc de Dunn, com nível de significância de p<0,05. Na avaliação do nível de pressão sonora, a modalidade de ciclismo indoor apresentou média do Leq = 89,2 dB(A), ginástica aeróbica Leq = 86,5 dB(A) e musculação Leq = 72,2 dB(A), havendo diferenças significativas entre as três modalidades (p<0,05). Em relação aos efeitos sobre a saúde, os profissionais que trabalham com várias modalidades apresentaram menores índices de saúde, seguidos pelo grupo com ciclismo indoor, ginástica aeróbica e musculação, com diferenças significativas (p<0,05). Os profissionais de Educação Física que atuam com a modalidade de ciclismo indoor e ginástica aeróbica estão expostos a elevados níveis de pressão sonora, os quais potencialmente podem levar a alterações negativas sobre a saúde nestes profissionais.