Aplicação da classificação de robson em uma maternidade localizada ao norte do espírito santo

International Journal of Development Research

Volume: 
12
Article ID: 
26010
4 pages
Research Article

Aplicação da classificação de robson em uma maternidade localizada ao norte do espírito santo

Poliana Cominote Masiole, Aleane Chaves Silva, Maryana Wetler Christ, Milena do Vale Costa, Thais Bicalho Araujo Chaves, Camylla Rezende Colombo, Maria Fernanda Bissa de Oliveira, Luciana Fonseca de Moura, Mharaiza Pancini Nobre Moraes and Greice Kelly Palmeira Campos

Abstract: 

A classificação de Robson é utilizada para categorizar as gestantes em 10 grupos a partir de características obstétricas distintas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o uso desse método desde 2015, por ter aplicabilidade simples e ajudar na avaliação do emprego de cesarianas nas maternidades. Objetivou-se identificar o grupo de gestantes classificadas em Robson de 1 a 4, observando os grupos que mais contribuíram para o índice de cesarianas. Trata-se de um estudo descritivo, transversal com abordagem quantitativa. Os dados foram coletados em junho de 2020. Dos 179 partos realizados, 64,2% das gestantes foram classificadas em Robson de 1 a 4, e dessas, emergiram 68,6% partos normais (PN) e 31,3% partos cesarianas (PC). Nessa classificação, 42% eram Robson 1 (nulípara, feto único (FU), cefálico, a termo, em trabalho de parto (TP) espontâneo), 81,6% obtiveram PN e 18,3% PC; 21% eram Robson 2 (nulípara, FU, cefálico, a termo, cujo parto foi induzido ou submetida a cesárea antes do início do TP), 16,6% PN e 83,3% PC; 28% eram Robson 3 (multíparas, sem cesárea anterior, FU, cefálico, a termo, em TP espontâneo), 100% de PN; e 9% eram Robson 4 (multípara, sem cesárea anterior, FU, cefálico, a termo, cujo parto foi induzido ou submetida a cesárea antes do início do TP), 70% de PC e 30% de PN. Os grupos que mais contribuíram para o índice de PC são daquelas gestantes cujos TP não iniciaram espontaneamente (grupos 2 e 4). Sugere-se que o PC é realizado sem indicação técnica, ou por falha na indução, ou ainda, não está sendo realizado de forma adequada, pois o índice de PC encontra-se muito elevado nesses grupos e em desconformidade com a OMS (10% a 15%). Com o emprego da classificação de Robson nas maternidades é possível acompanhar e comparar as taxas de parto cesárea no decorrer do tempo, além da criação de estratégias para reduzir o número de cesarianas desnecessárias em grupos específicos identificados pela classificação, a fim de melhorar a qualidade da assistência.

DOI: 
https://doi.org/10.37118/ijdr.26010.12.2022
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